Operação resgata uruguaios de trabalho análogo à escravidão em Minas Gerais
Investigados utilizavam plataformas para abordar pessoas vulneráveis
Por: Redação PatosJá
Fonte: Agência Brasil - Lorena Teixeira

Uma operação coordenada pela Polícia Federal libertou dois uruguaios que aceitaram falsas propostas de trabalho e foram mantidos em condições análogas à escravidão no município de Planura, em Minas Gerais. A denúncia foi recebida pelo Disque 100.
Conforme a denúncia, a vítima era mantida em cárcere privado e obrigada a realizar trabalhos sem remuneração. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) teria sido informado de que havia agressões, isolamento, retirada de documentos e abusos.
A ação também apontou que os investigados utilizavam plataformas para abordar pessoas em situações de vulnerabilidade, prometendo trabalho, moradia e acolhimento. Vale destacar que as abordagens exploravam membros da comunidade LGBTQIAPN+.
Vítimas
No total, três pessoas foram presas em flagrantes por submeterem um uruguaio, homossexual, a péssimas condições de trabalho e restrição de liberdade. O homem estava há mais de oito anos sem receber pagamento e vivia apenas com moradia e alimentação.
Logo após, outra vítima foi identificada: uma mulher transexual, também uruguaia. Segundo o MTE, a vítima também teria sido conduzida ao local com falsas promessas e vinculada ao trabalho doméstico. Ela sofreu um acidente vascular cerebral durante o período.
Os uruguaios seguem em acolhimento pelas Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), onde estão recebendo assistência médica e jurídica.
A identidade dos investigados não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles. O espaço está aberto.
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